Sucinta Crítica - Melhor visualizado no Internet Explorer

Assinar
Postagens [Atom]

 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Muita Calma Nessa Hora

Divulgação.............

Elenco afinado faz da obra, escrita tambem por Mazzeo, um marco no gênero

Dirigido por Felipe Joffily, Muita Calma Nessa Hora é um soberbo desfile de atuações irretocáveis, graças a um elenco acertado, que vai desde a conhecida - e competentíssima - Débora Lamm (Cilada) até o semianônimo Luis Miranda, alavancado pelo espetáculo teatral Terça Insana, ou Marcos Mion - atualmente em baixa à frente de um programa lastimável em rede aberta.

Dito isso, não vejo outra alternativa, senão a de alterar a crítica e prestar homenagem, nome a nome, aos responsáveis por esta memorável obra nacional: Andréia Horta, Débora Lamm, Fernanda Souza, Gianne Albertoni, Laura Cardoso, Lúcio Mauro, Louise Cardoso, Marcelo Tas, Ellen Roche, Bruno Mazzeo, Hermes e Renato, Lucio Mauro Filho, Leandro Hassum, Maria Clara Gueiros, Dudu Azevedo, Luis Miranda, Nelson Freitas, Marcos Mion, André Mattos, Thelmo Fernandes, Sérgio Mallandro, Heloísa Perissé, Marcelo Adnet e Creo Kellab.

Vale conferir: em dado momento do filme, o emblema do Botafogo é mostrado - por duas vezes -, bordado no boné de um figurante.

Marcadores: , , , , ,

domingo, 28 de novembro de 2010

Filadélfia (1993)

Divulgação............
Hanks e Denzel valorizam o filme de Demme, vencedor de dois Oscar®


Ao som da ótima Streets of Philadelphia (vencedora do Oscar® de Melhor Canção Original), de Bruce Springsteen, Jonathan Demme orienta sua atemporal narrativa, em Filadélfia (Philadelphia, no original), amparado por seus grandes protagonistas: Tom Hanks (também agraciado com o Oscar® - Melhor Ator) e Denzel Washington, sempre preciso.

Na trama, representam uma dupla de advogados que se une a fim de processar uma importante firma de advocacia por discriminação. Além da dupla de notáveis, o diretor tem a seu favor o contexto (ainda) acrônico, capaz de catapultar e tornar verossímil sua obra ainda hoje.

Marcadores: , , , , , ,

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

José e Pilar

Divulgação.............
Cúmplices, Saramago e Pilar norteiam a bela homenagem de Miguel Mendes

Na tela, em José e Pilar, Miguel Gonçalves Mendes rompe com a maneira comum de se produzir o gênero e revela o lado desconhecido de José Saramago, escritor português laureado em 1998 com o Prêmio Nobel de Literatura. Escusado seria observar a total devoção do autor à sua esposa, Pilar del Río, jornalista a quem dedica toda sua obra e, mais, sua vida.

Por meio do cotidiano do escritor, o diretor exterioriza a visceral relação do casal, em um documentário sensível, revelador - é durante a trama que o autor escreve A viagem do Elefante - e emocionante. José e Pilar é uma justa homenagem póstuma ao único Prêmio Nobel de Literatura em língua portuguesa.

Marcadores: , , , ,

sábado, 20 de novembro de 2010

As Locuras de Dick & Jane

Divulgação0000000

Jim (esq.) e Téa Leoni: harmonia em cena resulta em um filme divertidíssimo

Por vezes subtraído à condição única de "ator de comédia", Jim Carrey tem em dramas - como Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, Cine Majestic e O Show de Truman - o ponto alto de sua carreira. Sobretudo porque é, neste gênero, que Jim rechaça, com atuações incólumes e desconcertantes - possivelmente ante a incrédulos olhos -, o rótulo minimalista que lhe é atribuído equivocadamente.

Na deliciosa comédia As Loucuras de Dick & Jane (Fun with Dick and Jane, no original), de Dean Parisot, o ator repete a fórmula que lhe garantiu notoriedade na indústria cinematográfica. Na trama, Jim atua em perfeita sinfonia com a bela Téa Leoni, a qual interpreta Jane Harper, sua esposa. Juntos, os atores garantem o sucesso do hilário longa, que narra a trajetória de um casal mergulhado em dívidas.

Marcadores: , , , ,

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Somos Marshall

Divulgação/Warner Bros0000000
Matthew McConaughey (esq.) e Fox engrandecem a bela obra de McG

À primeira vista, Somos Marshall (We are Marshall) parece ser mais um dos filmes da safra de longas que usam - e abusam - do esporte como metáfora para transmitir sua mensagem. No entanto, o diretor McG (As Panteras) renuncia e transcende ao estilo previsível - comumente usado para preencher grade de emissoras - em seu âmago. Desde um bom roteiro até a escolha de um conhecido e sintônico elenco, com Matthew McConaughey (Como Perder um Homem em 10 dias), Matthew Fox (o eterno Jack de Lost) e David Strathairn (Rio Selvagem), Somos Marshall não cansa de ensinar e emocionar ao longo de pouco mais de 2h de exibição.

No filme baseado em fatos reais, Matthew McConaughey é Jack Lengyel, um treinador cuja missão é a de manter vivo o espírito de um time cuja maior parte da equipe morreu em um acidente aéreo.

Marcadores: , , , , , ,

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Era uma Vez no Oeste

Woody Strode, Jack Elam, Al Mulock encontram Charles Bronson

Era uma vez no Oeste acaba de entrar pra minha lista de melhores filmes já vistos. Do diretor Sergio Leone, essa obra prima é obrigatória na vida de qualquer amante do cinema que se preze. Este western de 1968, conta com a ilustre presença de Henry Fonda que encarna um assassino com apáticos olhos azuis, chamado Frank; Charles Bronson no personagem “sem nome” que é referido como “Gaita” (ou Harmônica, dependendo da tradução) por carregar consigo o instrumento e tocá-lo ao longo do filme, embalando a trilha que com certeza fica na sua cabeça por um bom tempo. Esses dois sujeitos são essenciais no desenrolar da trama, que traz também Claudia Cardinale (8 1/2) com sua beleza ímpar e Jason Robards (Magnólia).

Com os impressionantes 165 minutos de duração, o longa é uma obra de arte digna de contemplação. O filme foi colorido com a técnica Technicolor e as cores desempenham papel fundamental na construção da história, pois os olhos coloridos dos atores têm grande importância para elucidação dos fatos narrativos. É através de grandes sequências e planos muito bem pensados que Sergio Leone vai fornecendo informações que são importantes para o fim. Os closes são utilizados como trunfo pelo diretor que explora a dramaticidade implicada nesse plano e a atmosfera psicológica dos personagens. Como um quebra-cabeça, os personagens vão se organizando nos planos abertos e atingem formações quase sempre simétricas, dignas de uma pintura ou fotografia. Poderia me alongar, pois essa obra é rica em detalhes que merecem ser explorados, porém a crítica deve ser sucinta.

Antes de terminar, gostaria ressaltar a sequência inicial que merece ser observada com carinho e que foi em grande parte responsável por toda a atenção que dei ao filme. Nunca vi alguém filmar tão bem o vazio de uma espera. Woody Strode, Jack Elam e Al Mulock esperam o trem e Sergio Leone consegue filmar o “nada” com maestria. Uma mosca e uma goteira são os “protagonistas” desse tempo sem acontecimentos, traduzido em uma sequência espetacular que é um deleite pra quem assiste.

Marcadores: , , ,

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2 - O inimigo agora é outro

Alexandre Lima00000000
Como Fraga, Irandhir Santos ofusca seu antagonista Nascimento (Wagner Moura)

Não é mais novidade para ninguém que, no primeiro longa da série de José Padilha, o roteiro - assinado por Padilha, Rodrigo Pimentel e Bráulio Mantovani - não foi respeitado. Em Tropa de Elite (2007), inicialmente, a história devia girar em torno de Mathias (interpretado por André Ramiro). A atuação destacada do Capitão Nascimento - possibilitada pelo estilo "câmera na mão" de Padilha - no entanto, obrigou a alteração, através da montagem, do roteiro original.

Já em Tropa de Elite 2, o enredo - assinado por Mantovani - é seguido à risca e responsável pelo claro amadurecimento ideológico da saga narrada em off por Nascimento. O filme tenta dimensionar o cenário anárquico ao qual estamos inseridos. Faz denúncias mais consistentes e presta, de fato, um serviço à população, que possivelmente não tem a exata dimensão do problema - ao contrário do que ocorre com o primeiro longa, cuja denúncia é pública, notória e, pior, incentivada diretamente por nós.

No campo de atuação, Irandhir Santos, na pele do ativista de Direitos Humanos Diogo Fraga, toma o filme para si com mais uma atuação memorável - a exemplo do que fizera como o vilão Noca, em Besouro (2009) -, tal qual Milhem Cortaz, que repete o sucesso de seu personagem (Capitão Fábio) através de um desempenho seguro e hilário. Nascimento (Wagner Moura) evoluiu junto à trama que promete registrar a maior bilheteria da história do cinema nacional.

Marcadores: , , , , ,

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Apenas o fim

Com apenas uma hora e vinte minutos, Matheus Souza - estudante de cinema na PUC - consegue fazer um filme muito interessante e recheado de coisas que fizeram parte do cotidiano de uma geração. A história se passa dentro da própria universidade, onde um casal vive o último dia de namoro.

Apenas o fim é o primeiro longa desse jovem universitário que constrói um roteiro cheio de referências a diretores e filmes, além de videogames e outros elementos da cultura pop. Com uma estética limpa e sem muita experimentação, o que pesa são os diálogos inteligentes que muitas vezes acabam sendo engraçados. Star Wars, O Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, Mario Bros, Bergman, Vovó Mafalda, etc são algumas das referências que o filme traz. Talvez seja um belo retrato da geração dos anos 90, vale conferir.

Marcadores: , , ,