Heleno - O príncipe maldito
Impecável, Rodrigo Santoro honra a memória de Heleno de Freitas
A exemplo de O Artista, Heleno, de José Henrique Fonseca, recua no tempo ao ser rodado todo em preto e branco para contar a história de Heleno de Freitas, ídolo do Botafogo e craque sul-americano.
Temperamental e perfeccionista, Heleno levou suas paixões às últimas consequências. Desconhecia limites. Botafoguense, boêmio, genial e genioso, chegou à equipe profissional do Botafogo em 1937, clube pelo qual jamais conseguiu ser campeão. Por ironia, conquistou o Carioca de 1949 pelo rival Vasco.
Na tela, Rodrigo Santoro se entrega em atuação memorável - que remete à performance de Daniel Oliveira em Cazuza - O Tempo Não Pára. Para viver o craque, o ator teve de ter aulas de futebol e emagrecer 12 quilos.
Diretor do longa, José Henrique Fonseca consegue explorar o futebol - e sobretudo suas partidas - sem que parecesse caricato. Méritos também ao trabalho fundamental e minucioso de fotografia e maquiagem do filme sobre o craque que, a exemplo do Botafogo, parecia ter vocação para o fracasso.
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