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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Era uma Vez no Oeste

Woody Strode, Jack Elam, Al Mulock encontram Charles Bronson

Era uma vez no Oeste acaba de entrar pra minha lista de melhores filmes já vistos. Do diretor Sergio Leone, essa obra prima é obrigatória na vida de qualquer amante do cinema que se preze. Este western de 1968, conta com a ilustre presença de Henry Fonda que encarna um assassino com apáticos olhos azuis, chamado Frank; Charles Bronson no personagem “sem nome” que é referido como “Gaita” (ou Harmônica, dependendo da tradução) por carregar consigo o instrumento e tocá-lo ao longo do filme, embalando a trilha que com certeza fica na sua cabeça por um bom tempo. Esses dois sujeitos são essenciais no desenrolar da trama, que traz também Claudia Cardinale (8 1/2) com sua beleza ímpar e Jason Robards (Magnólia).

Com os impressionantes 165 minutos de duração, o longa é uma obra de arte digna de contemplação. O filme foi colorido com a técnica Technicolor e as cores desempenham papel fundamental na construção da história, pois os olhos coloridos dos atores têm grande importância para elucidação dos fatos narrativos. É através de grandes sequências e planos muito bem pensados que Sergio Leone vai fornecendo informações que são importantes para o fim. Os closes são utilizados como trunfo pelo diretor que explora a dramaticidade implicada nesse plano e a atmosfera psicológica dos personagens. Como um quebra-cabeça, os personagens vão se organizando nos planos abertos e atingem formações quase sempre simétricas, dignas de uma pintura ou fotografia. Poderia me alongar, pois essa obra é rica em detalhes que merecem ser explorados, porém a crítica deve ser sucinta.

Antes de terminar, gostaria ressaltar a sequência inicial que merece ser observada com carinho e que foi em grande parte responsável por toda a atenção que dei ao filme. Nunca vi alguém filmar tão bem o vazio de uma espera. Woody Strode, Jack Elam e Al Mulock esperam o trem e Sergio Leone consegue filmar o “nada” com maestria. Uma mosca e uma goteira são os “protagonistas” desse tempo sem acontecimentos, traduzido em uma sequência espetacular que é um deleite pra quem assiste.

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1 Comentários:

Anonymous Fabocco disse...

Quem diria... do Curso do John Ford para o Era uma Vez no Oeste, em tão pouco tempo. Não podia estar mais orgulhoso! rs

20 de novembro de 2010 às 16:31  

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