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domingo, 30 de outubro de 2011

Karatê Kid

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Cúmplices, Jackie Chan e Jaden Smith levam a platéia às lágrimas

Cantor, dançarino e ator, Jaden Smith, que debutou no cinema em À Procura da Felicidade, prova, em Karatê Kid (The Karate Kid, no original), que herdou de Will Smith muito além da inegável fisionomia. Jaden compõe seu personagem (Dre Parker) na medida certa do drama ao contracenar com Jackie Chan, em atuação irretocável. Juntos, Jaden e Chan emocionam.

Diretor do longa, Harald Zwart sugere o tatame aos espectadores para ensinar, através do kung fu, princípios fundamentais da vida. Estonteante, a fotografia da obra valoriza cada milímetro das belezas naturais da China, o que resulta em uma peça senão superior ao clássico oitentista, no mínimo equivalente.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Um conto chinês


Fico cada vez mais impressionada com a capacidade de criação do cinema argentino. Quando o filme é produzido por nossos vizinhos latinos, devemos deixar nossas picuinhas futebolísticas de lado e simplesmente apreciá-los para admirar logo em seguida.

O que esperar de uma história que começa com uma vaca caindo do céu? Na direção de Sebastián Borensztein (
La suerte está echada, 2005) combinada com a atuação de Ricardo Dárin (El secreto de sus ojos, 2009) deu certo. Com uma pitada de "Encontros e Desencontros" e "Amélie Poulain", a história de Um Conto Chinês se desenrola a partir do encontro do chinês Jun (Ignacio Huang) com Roberto (Ricardo Dárin). Entretanto, nesta relação há um problema: a língua. Jun não consegue se comunicar com Roberto e vice-versa. A premissa é abordada de forma muito divertida - com o humor refinado dos argentinos -, e nos permite pensar sobre as diferenças culturais, solidão, a linguagem, entre outros assuntos mais filosóficos. Roberto sendo um homem soltário e com manias peculiares, se coloca em situações inusitadas para tentar ajudar Jun. Aos poucos eles se aproximam e descobrem maneiras de se comunicar sem precisar de palavras.

Borensztein brinca com o absurdo de forma sutil e proporciona vários momentos de humor ao público. Isso tudo através de uma bela fotografia, trilha sonora, excepcional atuação de Dárin e ótimos efeitos especiais. Vale a pena conferir essa história simples, mas muito bem contada.

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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Velho e o Mar


Como fiquei supreso e curioso ao descobrir que existia uma adaptação para o cinema de O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea). O motivo é simples: o livro é extretamente maçante, mas igualmente poético, precisava urgentemente saber o resultado desta adaptação. A história gira em torno de Santiago, um pescador que está há 84 dias sem conseguir um peixe sequer, eis que, no 85º dia, se depara em alto mar numa briga incessante contra um espadarte.


Se no romance de Ernest Hemingway o leitor se identifica imediatamente com o pescador, o que dizer do filme, em que o personagem é interpretado de forma memorável por Spencer Tracy. A presença do ator é a principal razão pelo drama não ser algo monótono, mesmo que na maior parte tempo se passe no mar, e apenas com um personagem. Spencer sabe como ninguém transmitir o sofrimento, dor e a angústia vivida pelo pescador.


Vale ainda ressaltar a presença do garoto (Felipe Pazos
), que fora proibido pelos pais de acompanhar Santiago em suas pescas, por este último ser um azarado. Mesmo com uma atuação de Pazos abaixo do esperado, os dois personagens, mesmo com uma significativa diferença de idade, demonstram uma amizade intensa, que nos emociona até o último segundo de filme.