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domingo, 16 de janeiro de 2011

Um dia de cão

John Cazale como "Sal" e Al Pacino como "Sonny"

Um dia de cão (Dog Day Afternoon, 1975) é baseado na história verdadeira do criminoso Sonny Wortzik, que decide assaltar um grande banco em Nova York e acaba se colocando em uma situação catastrófica. As coisas começam a dar errado logo no início, quando um dos companheiros de Sonny (interpretado brilhantemente por Al Pacino) resolve desistir do assalto em plena ação. Sua única companhia agora é Sal (John Cazale), que é nitidamente uma pessoa perturbada.

Diferente do que se pode imaginar sobre assaltantes, Sonny é uma criatura quase dócil que se preocupa com os reféns e não tem intenção de machucar ninguém. Seu único desejo é sair do banco são e salvo. A mídia e a população também fazem parte do cenário no qual o filme se desenrola, e aos poucos o carisma de Sonny contagia os novaiorquinos que passam a apoiá-lo, causando enorme frustração aos policiais. Uma cena emblemática é quando o assaltante sai do banco para recolher as pizzas que pediu - preocupado com a alimentação dos reféns - e joga dinheiro no ar para o público presente.

Além de todo o caos instalado, quando descobrimos o motivo do roubo percebemos o quão fascinante e surpreendente é a história.
Embora seja um filme dramático, Um dia de cão traz muitas cenas cômicas misturadas ao frenesi do enredo. Al Pacino encarna o "vilão" como nenhum outro poderia ter feito. Sidney Lumet acerta em cheio nas suas escolhas, tanto do elenco quanto das situações dramáticas.

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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

À moda da casa


Todo filme que se arrisque a envolver temáticas polêmicas em seu enredo corre sério risco de ser atingido por críticas negativas. Isto é o que aconteceu com À moda da casa (Fuera de carta, 2008), dirigido por Nacho G. Velilla que traz como seu protagonista um homossexual que é chefe de um restaurante e se envolve com um ex-jogador de futebol famoso. Além de tomar conta do estabelecimento e viver sua conturbada vida amorosa, ele ainda se vê obrigado a cuidar dos filhos crescidos que não tinha contato.

Como disse no início, o longa de Velilla é alvo de críticas que o colocam como homofóbico, devido suas piadas grosseiras e o estereótipo do personagem principal. Acho uma grande besteira, pois o filme não quer ofender a comunidade gay em nenhum momento. Pelo contrário, mostra como um gay leva uma vida comum, podendo ser bem sucedido em sua carreira profissional e responsável. As piadas beiram ao humor negro, mas isto não deprecia os personagens. Pude dar bastante gargalhadas com À moda da casa como não dava há tempos, devido a minha dificuldade em achar graça em comédias. É nítida a inspiração no diretor Pedro Almodóvar, o que traz mais um ponto positivo ao longa. Um bom entretenimento com grandes situações dramáticas que de tão absurdas se tornam engraçadas.

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