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domingo, 27 de junho de 2010

Tudo está iluminado

É engraçado voltar a escrever aqui depois de tanto tempo. Assisti milhares de filmes, porém não pude postá-los no blog devido ao excesso de trabalho. Hoje encontrei como válvula de escape escrever aqui sobre um filme entre muitos assistidos nesse hiatus.

Tudo está iluminado (Everything is Illuminated, 2005) não foi escolhido por acaso. Há muito tempo tenho na memória a imagem que ilustra este post. Tudo começou quando a vi pendurada em um cinema que eu costumava passar em frente todos os dias. Anos depois navegando pela internet me deparei com a mesma imagem e fiquei extremamente feliz com a oportunidade de finalmente descobrir o título, baixá-lo e assisti-lo. E não é que o filme é bom?

Dirigido por Liev Schreiber, Tudo está Iluminado conta a história de Jonathan (Elijah Wood), um jovem colecionador de memórias de sua família, desde fotos até punhados de terra que são religiosamente colocados em saquinhos lacrados com identificação e pendurados em uma parede. Essa paixão é tão intensa que Jonathan munido de uma fotografia, viaja à Ucrânia em busca da mulher que salvou seu avô dos nazistas. Daí em diante podemos nos deliciar com os personagens maravilhosos que aparecem no decorrer do filme. Começando pelo ucraniano Alex, interpretado pelo Eugene Hütz (vocalista da banda Gogol Bordello) com seu sotaque engraçadíssimo e seu avô que diz ser cego, mas dirige um carro.

O filme é lindíssimo em todos os sentidos. Os personagens são apaixonantes, a história é incrível, os diálogos são divertidos, sendo isto tudo mergulhado numa sensibilidade ímpar. Além disso podemos observar questões como choque de culturas e preservação da memória.
Ilumine-se!

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sábado, 26 de junho de 2010

O Mundo de Andy

Jim Carrey confunde-se com o verdadeiro Andy Kaufman

Não poderia ser outro a interpretar Andy Kaufman, em O Mundo de Andy (Man On The Moon, no original), com seu humor peculiar - o qual não tinha, absolutamente, como objetivo final a risada de sua plateia -, que não o formidável Jim Carrey - diferente de tudo que já se viu do ator. Dirigido por Milos Forman e embalado sob deliciosa trilha do REM, o filme conta a trajetória do lendário e performático comediante americano Andy Kaufman.

Destaque para a irretocável caracterização dos personagens (sobretudo Jim) e escolha do elenco - respeitando os verdadeiros personagens -, que conta com nomes como Danny DeVito, sempre à vontade, e Paul Giamatti. Courtney Love, fora de tom, é a baixa da lista. Após o longa, para comparar, vale procurar vídeos do excêntrico (e imortal) artista.

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terça-feira, 22 de junho de 2010

Mãos talentosas - A história de Ben Carson

Interpretando Ben Carson, Cuba Gooding Jr. emplaca outra grande atuação

Sempre excelente, Cuba Gooding Jr. é, em Mãos talentosas - A história de Ben Carson (Gifted Hands, no original), Benjamin Carson, um renomado neurocirurgião - precursor da hemisferectomia (remoção cirúrgica da metade afetada do cérebro) -, que, através da educação, contrariou o "senso comum" e tornou-se um dos mais importantes neurocirurgiões do mundo.

Dirigido por Thomas Carter e escrito por John Pielmeier, este registro biográfico passa, ao longe, da pieguice e apega-se à realidade do registrado. Tendo crescido em meio à pobreza - social e intelectual -, Ben não demonstrava grandes perspectivas. Atenta, sua mãe Sonya (Kimberly Elise) incentivou Ben para que explorasse toda a sua capacidade em prol do seu dom.

Ao final do filme, fica a sensação de poucas (ou nenhuma) lágrimas. O que, vale ressaltar, em nada diminui a obra, a qual ensina - e muito!

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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Orfã


Vera Farmiga (segundo plano) tem atuação destacada na obra de Collet

De Jaume Collet-Serra, o suspense A Órfã (Orphan, no original) tropeça em clichês do gênero - os quais, pela reincidência me fazem crer serem inevitáveis -, mas termina com o saldo positivo. Seu roteiro bem amarrado atrelado à uma dinâmica que tensiona o espectador - além de destacada atuação da bela Vera Farmiga como Kate - contam a favor deste longa que revela ainda (e, invariavelmente, fomenta), aos mais atentos, uma antiga relação de animosidade internacional.

*John (Peter Sarsgaard) e Kate (Vera Farmiga) passam por uma tragédia familiar. A perda de um de seus filhos faz com que, embora ainda tenham outros dois - Daniel (Jimmy Bennett) e Joyce (Lorry Ayers) -, resolvam procurar ajuda de um orfanato a fim de adotar mais uma criança. Mesmo depois de alertados das dificuldades de se adotar crianças já crescidas, a aparente maturidade e carisma de Esther (Isabelle Fuhrman) os conquista prontamente. A menina, no entanto, mostra-se maléfica, levando toda a família à loucura.


* Sinopse extraída do portal CinePop

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sábado, 12 de junho de 2010

Minha Vida Sem Mim

Mark Ruffalo (destaque) é um dos pontos altos de Minha Vida Sem Mim

Minha Vida Sem Mim (Mi Vida Sin Mi, 2003, Espanha), de Isabel Coixet, é mais um daqueles filmes que abordam a questão da morte - por si só um tabu instigante e fascinante. Mais que isso: o fim anunciado. Vale lembrar que, dentro desta abordagem macro, existem outras tantas - merecedoras de igual atenção e reflexão.

Ann (Sarah Polley) é uma jovem de 23 anos, casada, sem qualquer estrutura familiar, mãe de duas filhas e que descobre ter câncer (em estado evoluído e irreversível) nos ovários. Desde então, a morte é sua única companhia. Ann decide então fazer uma lista de tudo o que devia/queria fazer antes de morrer.

Durante a trama alguns lembrarão, fatalmente, de Antes de Partir - com Nicholson e Freeman. É natural e inevitável, diria. No entanto, Minha Vida Sem Mim me parece (muito) mais bem acabado que aquele. Não é raso, tampouco frívolo. Explora suas questões de maneira mais plausível e menos elitista.

Entre as atuações, há de se destacar Mark Ruffalo - como Lee -, sem erros, visceral, irretocável. Um dos pontos altos do longa baseado na obra de Nancy Kincaid, sem dúvida.

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