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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Vício Frenético

Vício Frenético (Bad Lieutenant: Port of Call New Orleans) é de 2009, porém só chegou às telas brazucas em 2010. Está no circuito e merece ser visto não só pela direção de Werner Herzog como pela surpreendente atuação de Nicolas Cage, ator que tem uma enorme carreira com muitos escorregões.

Após salvar um prisioneiro de afogamento em decorrência do furacão Katrina, o detetive Terence McDonagh (Nicolas Cage) é promovido a tenente. Com a coluna seriamente contundida, passa a depender de analgésicos para aguentar a dor. Um ano depois, está viciado em Vicodin e cocaína, mas continua trabalhando em nome da lei. Quando uma família de imigrantes africanos é assassinada, ele é nomeado para o caso e sai à procura do assassino. Mas seu próprio envolvimento em atividades ilegais compromete seus padrões morais e ameaça colocar sua missão em risco.

O filme é uma viagem. Acompanhamos o protagonista na sua decadência e sentimos junto com ele sua angústia. São acontecimentos absurdos, um após o outro, em consequência dos péssimos hábitos do tenente corrupto e viciado. Talvez, o que deixe o espectador mais chocado é imaginar que tudo que é abordado no longa, pode estar acontecendo fora das telas.

Um toque genial dado por Herzog são as cenas de delírio do protagonista. Caem como uma luva dentro do filme e são muito bem executadas. Em alguns momentos, pode-se confundir a realidade com essas alucinações. Brilhante.

Sobre a atuação de Nicolas como já disse no início do post, é surpreendente. Me arrisco a concordar com uma das frases contidas no pôster: “... a melhor atuação de Nicolas Cage nos últimos anos.” Eva Mendes, como sempre está estonteante do jeito que só ela sabe ser.

Obs.: Este é uma refilmagem de uma obra com o mesmo título de 1992, dirigida por Abel Ferrara.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Quem pagará o enterro e as flores se eu me morrer de amores?

Vinícius, é um documentário dirigido por Miguel Faria Jr. (O Xangô de Baker Street, 2001) , que homenageia e nos dá oportunidade conhecer melhor o grande poeta e músico Vinícius de Moraes.

Conta com a participação de amigos e familiares que conviveram com o artista. Dentre esses, temos músicos e poetas como Ferreira Gullar, Chico Buarque, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Caetano, etc. que vão moldando junto com as ex-esposas e filhas, sua trajetória. Conhecemos assim não só o artista, mas o ser humano que existia ali, rodeado de whisky, mulheres e amigos.

Os poemas são declamados por Camila Morgado e Ricardo Blat entre as entrevistas. Os entrevistados exploram desde a intimidade de Vinícius e sua necessidade de estar apaixonado, até a importância dele para a música brasileira. Vemos todas as misturas que foram ocorrendo ao longo de sua carreira, fazendo-o conhecido pelo mundo todo e sendo um dos poetas mais traduzidos.

Pra quem gosta ou quer conhecê-lo, vale a pena assistir.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sherlock Holmes

Depois de dirigir filmes maravilhosos como Snatch – Porcos e Diamantes (2000) e Jogos, trapaças e dois canos fumegantes (1998), Guy Ritchie acerta em cheio mais uma vez no seu novo longa Sherlock Holmes. Além de um excelente diretor, o filme conta com Robert Downey Jr. (Homem de Ferro) e Jude Law(Closer – Perto demais), estrelando magistralmente o papel de Sherlock e Watson.

Ritchie inova a história do investigador mais famoso da literatura britânica, atualizando o personagem para os tempos modernos. O filme pode decepcionar um pouco àqueles que esperam o mesmo detetive dos livros. Diferente do que se imagina, não vemos na tela a origem dos personagens. Sherlock e Watson tem uma relação engraçadíssima que dá um toque especial. Com sua habilidade lógica e suas neuroses, o Sherlock de Ritchie torna um filme comum em um espetáculo cinematográfico. Quando o detetive tem suas idéias brilhantes podemos acompanhar seus movimentos calculados em cenas slow motion, mostrando toda a ação antes de acontecer.

O filme foi feito para agradar ao público, ser grande sucesso no cinema e conseguiu. O que me incomodou foi a possibilidade de ter uma franquia. Me assusta a quantidade de histórias que conseguiram ser estragadas com as continuações horrorosas. Este merece ser peça única.

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O Mensageiro do Diabo


Único filme dirigido pelo ator Charles Laughton, O Mensageiro do Diabo ( Night of the Hunter, 1955) é um suspense-noir inimitável. O longa conta com a atuação maravilhosa de Robert Mitchum como o protagonista Harry Powell.

Harry é um assassino de esposas das quais rouba dinheiro, que se passa por um reverendo e canta músicas bíblicas, conquistando assim a confiança das pessoas. É um misto de anjo e demônio, sendo essa dualidade explícita em suas mãos onde tem tatuado "Love"/ "Hate" (amor/ ódio). Casa-se com uma viuva, mãe de dois filhos que serão perseguidos pelo psicopata até o fim. Soa como um conto de fadas macabro e é contado praticamente por inteiro pelo ponto de vista das crianças.


O filme se mistura entre o cômico e o suspense, com uma história à la Hithcock e é dono de um vilão inédito na época e inesquecível do cinema. Tem cenas maravilhosas no contraste de preto e branco, suspense na medida exata criando todo o clímax necessário, um bom roteiro, além da excelente atuação dos atores.

Enfim, este merece ser visto.

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Deixe-me sair!


Deixe Ela Entrar (Låt den rätte komma in, 2008) é mais um (pretenso) filme de terror da saga vampiresca e, como tal, bebe da fórmula já batida, ineficaz e rizível como a imagem que escolhi para ilustrar a película.

Ambientada em Estocolmo, a história apresenta Oskar (Kåre Hedebrant), uma criança de 12 anos, eventualmente perturbardo e constantemente agredido (chavão total), descobre em Eli (Lina Leandersson) sua força propulsora para o revide.

Cadenciado em demasia, o filme sueco de Tomas Alfredson é mais do mesmo, mesmo! A única coisa que me aterrorizou durante a exibição deste, francamente, foi a demora em terminar.

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Menina Má.com


Com ar de Jogos Mortais (curiosamente também distribuído pela Lions Gate), roteiro interessantíssimo, bem amarrado e interpretações seguras - de Ellen Page (Juno) e Patrick Wilson -, Menina Má.com (Hard Candy, 2005) agrada do início ao fim.

Em sintonia fina, a dupla de atores consegue, com performances convincentes, transparecer a tensão que o enredo sugere. A temática, vale dizer, é atemporal e pouco explorada. A obra de David Slade traz sutilezas, as quais por mais que não sejam entendidas, no mínimo inquietam o espectador - dada a insistente repetição.

Menina Má.com causa desconforto e suscita alguma reflexão. Vale o seu tempo.

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