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sábado, 29 de agosto de 2009

"Estômago": Na vida há os que devoram e os que são devorados.

Estômago( Marcos Jorge), é aquele tipo de filme que quando acaba, seus olhos estão brilhando, sua boca está aberta e você quer ligar pra sua lista telefônica inteira para indicá-lo. Começando pelo fato do filme não ter nenhum ator conhecido pelo " povão", (como os globais, atuais rede record - ha ha) já instiga aos curiosos e aos undergrounds a vê-lo. O resto é lucro. No início do longa, nos deparamos com Raimundo Nonato (João Miguel) narrando em off, dono de um sotaque surreal, que soma o cômico com o regionalismo. Mesmo com o decorrer de dois seguimentos temporais, o filme não deixa o espectador confuso, pelo contrário, prende cada vez mais a atenção do mesmo. Nonato sai do nordeste para o sudeste do Brasil, em busca de novas oportunidades. Logo na sua chegada, tentando se adaptar à nova região, se depara com a oportunidade de trabalhar na cozinha de um buteco, onde atuará como "fritador de coxinhas". Depois de um tempo trabalhando ali, ele é convidado para um restaurante italiano ( o filme é co-produzido pela Itália), que o transforma num conhecedor completo da culinária. Enquanto isso, vemos cenas alternadas de Nonato num presídio, que deixa o público ansioso para descobrir o por que dele estar lá. Acredito que isso é tudo que se precisa saber sobre "Estômago" para querer vê-lo. Um dos melhores filmes que assisti esse ano ( o filme é de 2007 mas eu sofri um "delay"), traz uma atuação brilhante do ator João Miguel, que ganhou pela segunda vez o prêmio de melhor ator do festival do Rio de 2007 ( anteriormente pelo filme "Cinema, Aspirinas e Urubus” - Marcelo Gomes). Eu poderia comentar sobre cada aspecto técnico do filme, da iluminação a edição, mas ele continuaria impecável. Só faria uma modificação - mínima - esta seria tirar o Paulo Miklos do elenco, ele faz uma pontinha, mas está muito "O Invasor" ( trocadilho barato). Antes que eu me esqueça, vale ressaltar a trilha sonora, que parece um assovio ,embala o filme perfeitamente caindo como uma luva. Pra quem gosta de um humor negro, corre já pra locadora ou pro torrent.


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3 Comentários:

Blogger Diego Mesquita disse...

Tá anotado. Mas admito não ter nada contra os "globais, atuais rede record - ha ha". Com ressalvas, lógico.

Esse texto tá ainda melhor que o outro (talvez pelo fato de eu não ter visto o filme e ter uma opinião contrária a sua. Há de se considerar esta hipótese.). Parabéns.

29 de agosto de 2009 às 01:52  
Blogger Diego Mesquita disse...

Visto o filme, reli sua crítica - óbvio. Impecável.

Não tenho opinião sobre a retirada do Paulo Miklos porque não vi "O Invasor" (inacreditavel e coincidentemente, enquanto eu via "Estômago", gravava justamente "O Invasor"). Mas vou ver e completo meus comentários.

Não retiraria nada de sua crítica. Só acrescentaria. Babu Santana tem atuação impecável também, tal qual Fabíula Nascimento.

A película têm boas nuances. O "paraíba" não gosta de uma PROSTITUTA por acaso, por exemplo. Por aí vai...

Este filme entrou, merecidamente, na lista dos melhores filmes da DÉCADA no Segundo Caderno do Globo.

Maravilhoso!

OBS.: A lamentar, novamente, as totalmente desnessárias cenas de sexo explícito. Depois não sabemos porque somos visto de tal maneira lá fora.

28 de dezembro de 2009 às 00:14  
Blogger Diego Mesquita disse...

Exposição gratuita e sem propósito. Porque, queiramos nós ou não, ao aparecer nua (sempre a atriz, nunca o ator!), a atriz deixa de ser a PERSONAGEM e volta a ser a PESSOA - num exercício muito raso, óbvio e concreto.

É pena.

28 de dezembro de 2009 às 00:43  

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