Elefante

Em Elefante, Gus Van Sant nos oferece um leque de possibilidades e motivações que levaram Herris e Klebold a cometer a famosa chacina no Instituto Columbine, no Colorado, em 1999. Algumas dessas possibilidades foram, inclusive e pouco depois do ocorrido, cogitadas. Outras, porém, sequer ventiladas – como o relacionamento ou mesmo a homossexualidade dos dois assassinos - apresentada na obra. Aqui, me parece, Van Sant faz transparecer, por mais uma vez, nada além de sua opção. Neste aspecto, pois, o artista peca. Além deste pequeno culto à sua personalidade – o que já era observado por Hegel à sua época – e levando em consideração todo o desfecho da história, aquilo que talvez tenha sido usado para propagandear a igualdade, soa na trama como mais um problema; um desvio de conduta dos jovens.
Por tudo que li e ouvi, esperava (bem) mais da obra – que até traz tomadas interessantes, flashbacks ricos e esclarecedores etc. Elefante, entretanto, não pode ser ignorado.
De mais interessante, o longa traz seu nome – que desperta curiosidade quase que imediata –, que advém de frase do escritor irlandês Bernard MacLaverty, que disse que problemas com jovens são como ter um “elefante na sala de jantar e fingir que ele não existe.” Não obstante a bela referência, Elefante está longe de conseguir nos causar a reflexão que a obra documental de Moore consegue.
Marcadores: 2002, elafante, elephant, gus van sant
1 Comentários:
Eu acho que o Gus Van Sant fez o filme na medida. Essa história de Columbine foi polêmica e violenta e eu acredito que ele tenha conseguido passar todo o drama vivido nessa escola de uma perspectiva menos 'desagradável' aos sentidos. Sem contar que é esteticamente maravilhoso!
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