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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Elefante

Um ano após o ótimo e esclarecedor documentário de Michael Moore (Bowling for Columbine, 2002), Gus Van Sant apresenta seu aclamado longa Elefante - aquém do documentário que lhe inspirou - descrito na contracapa do DVD como “baseado parcialmente na tragédia de Columbine (...)”. Ao longo da trama é perceptível o que lhe rendera o advérbio.

Em Elefante, Gus Van Sant nos oferece um leque de possibilidades e motivações que levaram Herris e Klebold a cometer a famosa chacina no Instituto Columbine, no Colorado, em 1999. Algumas dessas possibilidades foram, inclusive e pouco depois do ocorrido, cogitadas. Outras, porém, sequer ventiladas – como o relacionamento ou mesmo a homossexualidade dos dois assassinos - apresentada na obra. Aqui, me parece, Van Sant faz transparecer, por mais uma vez, nada além de sua opção. Neste aspecto, pois, o artista peca. Além deste pequeno culto à sua personalidade – o que já era observado por Hegel à sua época – e levando em consideração todo o desfecho da história, aquilo que talvez tenha sido usado para propagandear a igualdade, soa na trama como mais um problema; um desvio de conduta dos jovens.

Por tudo que li e ouvi, esperava (bem) mais da obra – que até traz tomadas interessantes, flashbacks ricos e esclarecedores etc. Elefante, entretanto, não pode ser ignorado.

De mais interessante, o longa traz seu nome – que desperta curiosidade quase que imediata
, que advém de frase do escritor irlandês Bernard MacLaverty, que disse que problemas com jovens são como ter um “elefante na sala de jantar e fingir que ele não existe.” Não obstante a bela referência, Elefante está longe de conseguir nos causar a reflexão que a obra documental de Moore consegue.

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1 Comentários:

Blogger daparafuseta disse...

Eu acho que o Gus Van Sant fez o filme na medida. Essa história de Columbine foi polêmica e violenta e eu acredito que ele tenha conseguido passar todo o drama vivido nessa escola de uma perspectiva menos 'desagradável' aos sentidos. Sem contar que é esteticamente maravilhoso!

12 de agosto de 2009 às 00:17  

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