A Suprema Felicidade
A Suprema Felicidade de Arnaldo Jabor se passa no Rio de Janeiro pós-guerra e conta a história de Paulinho, filho de uma dona de casa oprimida e de um aviador machista. A trama não linear mostra várias fases da vida de Paulinho que se depara com angústias, medos, descobertas e amor. Ao seu lado ele tem a bela amizade de seu avô - interpretado por Marco Nanini - que divide boa parte da trama com o protagonista.
Jabor optou por um filme repleto de referências à chanchada, cheio de nudez e palavrões, os cabarés, figuras clássicas como Marilyn Monroe, o famoso drama "O Morro dos Ventos Uivantes", etc. Também cria uma atmosfera melancólica e saudosista, tanto pela narrativa quanto pela linguagem adotada - em alguns momentos o filme perde a cor.
A trilha sonora convence e a forma que o homossexualismo aparece no longa é sensível e sutil. Entretanto as brigas, as prostitutas, o amor caótico, a boemia, o espiritismo, a atuação lamentável de alguns atores e os personagens rasos transformam o filme em pura infelicidade.
Marcadores: 2010, A Suprema Felicidade, Arnaldo Jabor, filme brasileiro
1 Comentários:
Concordo com a tua crítica.
Jabor lançou olhar sobre uma determinada época do Rio e se valeu, ao que tudo indica, de um registro meramente autobiografico para compor a fita. Sem maiores contribuições reflexivas - ainda que com algumas frases que, se pinceladas, merecem atenção.
No campo de atuações, destaque para Marco Nanini (impecável), João Miguel (sempre no ponto das atuações), Dan Stulbach, Ary Fontoura e Tammy Di Calafiori.
Entre as "lamentáveis": Elke Maravilha e Jayme Matarazzo (inexpressivo).
Quanto às prostitutas, nenhum "senão", sobretudo porque interpretavam elas próprias, segundo o próprio Jabor. E o cenário é bem atemporal.
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