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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Perícia técnica - "Uma prova de amor"

Cada vez mais cônscio da distância entre o que me propus a fazer e o que efetivamente faço aqui, sigo escrevendo sei lá eu por que. Talvez só mesmo para treinar. Definitivamente não me passa pela cabeça um dia ser crítico de Cinema. Ser crítico, por si só, já é uma missão e tanta. Crítico de Cinema seria muita pretensão minha. Exige bagagem, base, olho clínico, olhar crítico etc. E isso, terminantemente, não tenho. Tudo – ou quase tudo – de certa forma me é agradável aos olhos, ao ouvido e, finalmente, ao interior – para comprovar, basta que percorram por meus textos. Ser crítico, por essência, é algo muito cômodo. Você não fez nada – e talvez nem mesmo saiba – e simplesmente senta, de forma fria e calculista (num primeiro momento, ao menos), para atribuir valor (pior: na maioria das vezes para subtrair valor) àquela obra que certamente, por pior que lhe pareça, tem seu valor. Parece-me pusilanimidade pura. Não é a minha, confesso. É importante aqui salientar que com este sincero relato não espero, sinceramente, comiseração destes que costumam ler aqui. Por favor! Fiz apenas para legitimar meu texto.

Posto isso e antes de escrever nada além de uma opinião minha acerca de outro filme, peço desculpa aos que eventualmente lêem (perdão novamente: não consigo me adequar a certas regras do novo acordo) este espaço. De verdade.

Esta tarde me comprometi a ir assistir ao belo Uma prova de amor (My Sister’s Keeper*), de Nick Cassavetes, baseado no romance homônimo de Picoult. O longa conta com figuras mais que carimbadas da grande tela, como Cameron Diaz (em sua melhor atuação - que vi até aqui -, fugindo completamente de suas repetitivas e insossas comédias românticas), Jason Patric e Alec Baldwin. É impossível deixar de mencionar as belíssimas atuações dos atores “mirins”. Desenvoltos. Seguros como veteranos. Sofia Vassilieva (foto), sobretudo. Incumbida de retratar a personagem terminal, consegue, sem forçar em momento nenhum, nos transmitir toda a angústia de uma paciente que agoniza e tem de aprender a lidar, ainda jovem, com a morte. Mais do que isso. Lidar com a morte com dia e hora marcados. Sua mãe, Sara (Diaz), super protetora, é capaz de conceber uma filha, fruto de uma fertilização in vitro, para que seja uma doadora compatível de sua irmã.

Afora os inúmeros flashbacks durante quase toda a trama, o diretor conseguiu lidar com uma questão delicadíssima sem que fosse preciso fazer maiores apelos. A história, por si, já tende a pender para este lado dramático. Não há, portanto, necessidade de retoques. Imagino que My Sister's Keeper emocione até o mais gélido dos seres deste planeta – em meio ao sabido aquecimento global, soa até ignorância abordar a temática por esse viés.

* Salvo alguns casos óbvios, confesso me perguntar o por quê de não se preservar o nome original, tal e qual fora concebido, do filme. Alguém poderá argumentar, histericamente, que é possível que não haja a mesma “força” com a tradução literal. Retruco: e lá?, por que tem? Por mais que se faça uma adaptação no literal, mas que o nome seja resguardado. Afinal, assim nomeou – e para tanto perdeu alguns minutos, horas, dias... - o diretor, produtor ou seja lá quem for.

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3 Comentários:

Blogger daparafuseta disse...

O nome do filme é traduzido dessa forma pra atrair o povo brasileiro mesmo... ACHO que não tem nenhum outro motivo específico. Quanto ao filme não vi, mas arrepiei ao assistir o trailer no cinema. Quero muito!
Quanto sobre ser crítico de cinema acredito que você tem um olhar similar a quem o lê. Isso faz seu texto mais interessante para as pessoas que simplesmente gostam de cinema e não estudam cinema. Vamos combinar que informação técnica de filme e análises piradas que os críticos fazem, são insuportáveis aos olhos de quem só queria ver a história e no máximo a atuação dos atores. Então, acho sua preocupação equivocada e também acho que se você quiser muito entender sobre a parte técnica, nada que uma leitura não faça. Te indico livros se precisar. Mas insisto em dizer que adoro ler teus textos, muito mais do que os meus - claro. Tem uma sensibilidade que eu perdi, além de serem muito bem escritos. Enfim, quero muito continuar lendo e contribuindo para o blog com o meu humilde conhecimento.
E lembre-se: críticos de verdade são chatíssimos.

2 de outubro de 2009 às 00:45  
Blogger Unknown disse...

Diego, eu simplesmente endosso o que a Vanessa disse sobre seus posts, na totalidade. Tendo apenas que acrescentar: vocês funcionam perfeitamente assim, juntos. Nós perderíamos muito se você Diego, deixasse de postar por achar que não está fazendo o que se propôs e blábláblá... e se você Vanessa, resolvesse mudar os seus textos por achar que estes estão carecendo de mais sensibilidade. Resumindo: TUDO ESTÁ EXCELENTE como está. Sem tirar nem pôr - casamento perfeito.
Um super parabéns aos DOIS.
Beijos!!!

9 de outubro de 2009 às 01:29  
Blogger daparafuseta disse...

Finalmente assisti este filme! A apresentação inicial dos personagens é muito interessante, entretanto os flashbacks não são bem montados e os "fade out's" são longos e irritantes. Achei o Jesse muito deslocado na trama e pouco explorado. Gosto muito do papel da juíza (Joan Cusack) e do advogado interpretado por Alec Baldwin. Não sei se achei ele divertido porque o é ou se foi resquício dos episódios de 30 Rock. O filme é legal, mas peca em tantos aspectos e se torna tão melado que não tenho vontade nenhuma de assistir novamente.

30 de dezembro de 2010 às 14:22  

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